sábado, 20 de março de 2010

Viver...


Viver e sentir-me viva... Seres que vagueiam pelas ruas, corpos nús de uma alma ou mesmo de uma consciência. São palavras e palavras escritas em prol dos saberes mundanos, em torno do 'eu sei', 'eu quero', 'eu tenho'.. Eu, eu e eu. E quando, pergunto-me, quando paramos para pensar, para interiorizar as nossas vivências? E quando adquirimos delas apenas a experiência e não a insolência? E quando aprenderemos a não julgar, mesmo quem não nos é próximo? Como poderemos querer paz se esta não parte do nosso interior? Quando deixaremos as palavras que ferem? Quando saberemos ouvir? Saber ouvir é uma arte complexa. Atribuo-lhe esta designação porque de facto cada vez menos se ouve... Por vezes nem os sinais do nosso relógio biológico somos capazes de ouvir. Viver é mau, sobreviver é péssimo. Vivemos, mas procuramos pelo momento em que de facto nos sentimos vivos, em que apenas a luz do sol chegue para nos fazer sorrir, em que respirar fundo seja prazeroso.. Pequenos e breves momentos são tudo aquilo que nos parece que levamos do acto de viver. Palavras e palavras de histórias vividas e revividas, comparadas exaustivamente. Livros e livros que dariam de assuntos gastos e desgastos, de quem não sabe falar. Dizeres levianos que ferem. O conhecimento não é profundo, não sabemos tanto quanto julgamos,não temos tanta experiência de vida que nos faça escrever estes textos e textos, estas frases intermináveis sem pontos finais. Simplesmente porque nunca experimentámos sentirmo-nos vivos em vez de viver.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Mudança


Linhas a fio de palavras saturadas dos mesmos temas... Tempo, corações partidos, gentes mal amadas, confusões, destruição e dor.

E o amor, a felicidade, a paz e a vida plena onde ficam?

Neste momento sinto paz... Paz de espírito e alegria na alma..

Ignoro o que dizem, fazem ou ambicionam. Não pertenço a este mundo cruel, cheio de significados estranhos e de pessoas insignificantes que se julgam maiores que o seres humanos.

As vidas cruzam-se e separam-se, destroem-se e recomeçam.

A minha acabou e recomeçou, noutro mundo. Um mundo bem melhor, onde é fácil respirar e não existem ideias preconceituosas. A simplicidade é uma constante no decorrer dos dias. Tornei-me num ser mais forte e construi ligações mais resistentes, deixando para trás tudo o resto que não faz sentido guardar.

No passado pouco fui feliz, mas muito cresci e aprendi.

Hoje foi o virar de uma página que há muito se tornara pesada.

Contigo aprendi a valorizar-me, a respeitar-me e acima de tudo a ser verdadeiramente eu. Deixei de me esconder na minha concha. E para trás deixei as noites mal dormidas, as lágrimas caídas e os corações feridos.

Quero ser uma nova mulher, aquela que se perdera na guerra da sua própria vida.

As amizades constroem-se, de forma sólida. Os amores... Esses, para que são necessários se já existe em mim um amor cativo por ti? Tem bases fortes, é transparente e envolvente.

A pouco e pouco estou a aprender a ser feliz! Amo-te...



(dedicado a ti meu amor que me tens ajudado a ser uma pessoa melhor)