quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Lembra-te de mim


Deito-me acompanhada de boa música na tentativa de relaxar.
Vejo-me cair no esquecimento profundo de todos os corpos esgotados e adormecidos.
Os outros divertem-se, lembro-lhes o sorriso e as luzes da noite que atravessam a escudirão com um mistério e encanto. São bonitas as cores que a acompanham.
As horas passam com uma velocidade que a minha mente se sente incapaz de sentir. Sensação de fracasso! Instala-se um vazio, o silêncio incomoda.
O barulho de portas com vida também.
Pedaços de mim que se desfazem ao longo do caminho, magoam-me as lembranças dos risos que ecoam na minha mente. Tardes de verão inacabadas...
Sinto dor! Dor que não choro, carrego-a no peito que sangra a tua ausência.
Queria sentir-te mais uma vez, tocar a tua face, brincar...
Como amei o teu novo ser! Como fui feliz...
Foste sem mapa de regresso.
Olho-me ao espelho e vejo-te em mim, uma parcela de uma soma tua!
Saudades, falsas amigas!
Lembra-te de mim, que guardarei até o teu cheiro nas minhas memórias.
Para sempre...