''Ausência de razão. Estado de espírito de quem se deixa levar por lembranças, sonhos e imagens.''
terça-feira, 8 de maio de 2012
Cuidar de ti
Sento-me. A cada gole de chá penso em ti!
O sabor do teu fel torna-me a garganta seca...Mas desejo mais.
Desejo mais que um respirar, mais que um toque, mais que a melodia da tua voz.
Chamas-me de doida, como se eu fingisse.
Apenas calo a voz da imaginação. Torno mais leves as palavras para que não ganhem dimensão.
Não é por não querer.
Estarei lá para cuidar de ti! Mesmo que ela te sorria todos os dias, eu estarei lá para cuidar de ti.
Partilharei o calor do meu corpo para te aquecer, dar-te-ei o meu abraço para te fazer adormecer e vou-te ouvir. Sim, porque eu, eu vou cuidar de ti! E vou cuidar de ti junto ao meu peito, ainda que ela te sorria.
Não me importo! Que significado teria se me importasse?
Vou construindo o meu mundo, tendo sempre em conta que existes, que vives em mim e que prometi que vou cuidar de ti.
Posso permanecer calada ou até ignorar um olhar teu, apenas porque a minha vida não vai estagnar, mas tu sabes que vou estender os meus braços sempre que a tua carência necessite de mim.
As lágrimas não me vão cair pela face, porque vou desprezar a voz que ouço.
Diria tanta e todas as razões para que em todas as noites me apaixone pelo teu brilho, mas eu...eu só posso cuidar de ti!
Sinto o chá azedado pelo sabor dos pensamentos, mas não vou permitir que cuides de mim! Isso, isso sim, faria nascer palavras de sofrimento.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Memórias
Fecho os olhos e inspiro o teu cheiro... Aquele cheiro delicado, doce e inesquécivel.
Lembro o toque e quase sinto os meus lábios humedecidos a viajar pela tua pele arrepiada. O teu olhar cintila enquanto questionas a beleza do teu ser e duvidas de tudo aquilo que és.
Recordo o som da tua gargalhadinha acompanhada desse belo sorriso rasgado, único.
O embalar da tua voz serena acalma e silencia toda a minha inquietude, faz-me adormecer no teu abraço profundo. Brincas com os meus fios de cabelo que teimam em esconder-me o rosto.
Observas-me... Respiro profundamente contra o teu peito e esboço um pequeno sorriso.
O tempo parou! O amanhã não faz sentido, pois ainda que apenas viva este momento de olhos fechados, eu estarei sempre envolvida no teu corpo e a minha mente estará sempre a desejar que este breve devaneio se eternize.
Durmo profunda e tranquilamente nuns lençóis que não são meus e ousarei dormir em todas as noites que se vestem de negro.
E em todas as manhãs frescas primaveris pousarei os meus lábios nos teus, só para ouvir a tua gargalhadinha tímida.
quinta-feira, 22 de março de 2012
Consciência
Uma enorme vontade de gritar. Um grito abafado que vem do fundo das minhas entranhas, um grito de guerra, um grito feroz que provoca ardor, um grito com uma cicatriz profunda. É um grito de consciencialiação daquilo que não quero ser e de tudo aquilo em que já não acredito.
E digo que não acredito sem tristeza, sem dor.
Não sou forte, nem fraca, apenas consciente! Consciente de tudo o que mudou em mim, de tudo o que construi em torno da minha personalidade.
Deixei de ter rígidas expectativas e de julgar que tenho o poder de controlar os acontecimentos banais. Na verdade controlei, mas as emoções que ousei não sentir quando decidi virar o meu mundo.
Protegi o meu ser e apesar de sentires que partiste,fui eu quem te abandonou, por não te sentir necessário.
As cicatrizes já estavam lá, não fizeste nenhum novo golpe, e serviram como escudo.
Não sou um ser limitado à tua existência como eventualmente pensas.
Sou independente e livre das minhas escolhas.
Não houveram novos ensinamentos, novas partilhas... Não houveram conquistas, nem obstáculos a ser ultrapassados.
A perda de tempo que sinto sobrepôs-se a qualquer acto bom, a qualquer qualidade ou alegria.
Contigo não brilhei, não deixaste que desse o meu melhor.
Mas, grito com toda a certeza e consciência de que dei o melhor naquilo que permitiste que eu desse.
Não conheceste metade de todo o ser que sou! Já eu, (re)conheci-me, deixei evoluir a pequena fera que ruje e não permanece em silêncio à espera de insultos à sua inteligência.
E inteligência sempre foi uma qualidade que me apontaste. Contigo, nunca a transmiti.
E digo que não acredito sem tristeza, sem dor.
Não sou forte, nem fraca, apenas consciente! Consciente de tudo o que mudou em mim, de tudo o que construi em torno da minha personalidade.
Deixei de ter rígidas expectativas e de julgar que tenho o poder de controlar os acontecimentos banais. Na verdade controlei, mas as emoções que ousei não sentir quando decidi virar o meu mundo.
Protegi o meu ser e apesar de sentires que partiste,fui eu quem te abandonou, por não te sentir necessário.
As cicatrizes já estavam lá, não fizeste nenhum novo golpe, e serviram como escudo.
Não sou um ser limitado à tua existência como eventualmente pensas.
Sou independente e livre das minhas escolhas.
Não houveram novos ensinamentos, novas partilhas... Não houveram conquistas, nem obstáculos a ser ultrapassados.
A perda de tempo que sinto sobrepôs-se a qualquer acto bom, a qualquer qualidade ou alegria.
Contigo não brilhei, não deixaste que desse o meu melhor.
Mas, grito com toda a certeza e consciência de que dei o melhor naquilo que permitiste que eu desse.
Não conheceste metade de todo o ser que sou! Já eu, (re)conheci-me, deixei evoluir a pequena fera que ruje e não permanece em silêncio à espera de insultos à sua inteligência.
E inteligência sempre foi uma qualidade que me apontaste. Contigo, nunca a transmiti.
Cartas
Quarta-feira, 15 de Fevereiro 2011
Faltam simplesmente horas e permanecerás silencioso! De facto, é mais um dia. Um dia que não passará mais do que um simples dia com todas as rotinas diárias a que me habituei e não pararei um segundo para o tornar especial ou inesquecivel. Como sabes... Porque só tu conheces o significado que tem e que não lhe atribuo.Vais-te lembrar, eu sei que sim e ousarás permancer mudo! Serás coerente com todas as palavras que pronunciaste e com todos os momentos de fraqueza em que estive ausente para ti!
Quarta-feira, 22 de Março 2012
O tempo passou veloz e não mais falámos.
Como estou diferente! (Penso)
Adorarias conhecer esta nova eu. Mas, terias medo e talvez fugisses!
Medo deste ser tão inalterável, seguro de si e tão destemido. Medo deste ser tão diferente que sou eu actualmente.
Tracei novos objectivos, se conhecesses este novo brilho que tenho no olhar. Mudei o rumo da minha história. Se soubesses... Tenho tanto para te contar que um dia não bastaria.
Os encantos de menina, esses, continuam cá. Tu sabes... Tu sentes!
Adormeço a pensar em ti.
Quinta-feira, 22 de Março 2012
Ainda uma página por escrever, porque agora sou assim. Torno especiais todos os meus dias.
Ah, acordei a pensar em ti e fechando os olhos quase senti o teu cheiro...
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terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Fugaz
Cruzei o teu olhar no meu. O tempo parou e senti o odor de cada poro da tua pele, como se fosse a primeira vez.
O brilho do teu rosto iluminara o meu olhar. Esboças um sorriso que nao retribuo por não saber se de carinho ou malicia.
A porta fecha e nao me faz desviar o olhar pousado em ti. Retribuis.
Volto com vontade de ouvir a tua voz meiga dos dias felizes.
És,no momento, um lugar encantado,uma memória como uma lufada de ar fresco.
Infelizes dos idiotas que se julgam soberanos.
O brilho do teu rosto iluminara o meu olhar. Esboças um sorriso que nao retribuo por não saber se de carinho ou malicia.
A porta fecha e nao me faz desviar o olhar pousado em ti. Retribuis.
Volto com vontade de ouvir a tua voz meiga dos dias felizes.
És,no momento, um lugar encantado,uma memória como uma lufada de ar fresco.
Infelizes dos idiotas que se julgam soberanos.
sábado, 23 de julho de 2011
Azul
Azul, esse olhar profundo, cor de céu e infinito.
Cintila, brilha como uma estrela cadente
Transparente, nú, bonito
De sonho envolvente.
Azul, a cor de teu perfume
De ti que não tens nome
De ti que não tens cor
Nem apegos de sonhador.
Azul, céu e mar
Unidos, enlaçados
Sede de amar
Numa noite abraçados.
Azul, azul imenso
Delicado, suave
Paixão de um olhar intenso
Preso, ofegante
Fazendo-me querer mais
Nesse pequeno instante.
domingo, 29 de maio de 2011
Ele

Ele, não olha para mim com olhos de ver, não se preocupa, nem quer saber.
Assume um papel passivo e nem se importa das noites que passo sem dormir, ou dos dias que passo sem sequer sorrir.
Ele não se importa porque não me conhece, porque não se deixa envolver em mim.
E toma-me como um ser mesquinho e idiota porque não consigo ser determinada. Nas palavras dele só se ouve o vazio, o vago.
Brinca com os meus medos deixando-me presa na escuridão!
Ele nem quer saber se sou feliz ou infeliz, porque simplesmente não sente que deve soltar o que o prende…
Diz e não age, fala o que não sente…
E eu… Serei sempre, apenas e somente a soma de todas as lágrimas, de todas as noites mal dormidas e de todos os dias sem cor.
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