
Confusão, mágoa, tristeza, solidão... Palavras que decalcam o meu estado de espírito.
A noite está fria, visto um casaco e saio para a rua sem que ninguém o note.
O silêncio faz-se ouvir por entre as casas ocupadas pelos corpos adormecidos. Apenas eu vagueio na noite.
Repentinamente avisto um vulto de longe e talvez por receio ou instinto, escondo-me no primeiro jardim que encontro.
É ridículo... De que me escondo se o vulto nem veio nesta direcção? De mim? Dos pensamentos que me têm pairado na mente, inquietando o meu descanso? E tu, de que foges? De mim? De viver? De sonhar? De sentir?
Volto na direcção que parti e desta vez refugio-me no meu jardim, de modo a sentir-me mais protegida.
Sento-me cruzo as pernas e tiro do bolso do casaco que havia vestido, um lápis, uma moeda de 0,05€,três rebuçados S.Bras uma chave e uma caixa de pastilhas elásticas vazia que acabo por destruir entretida com o pensar.
É curioso como se guardam sempre imensas coisas nos bolsos dos casacos e estas permanecem lá esquecidas. Serão as pessoas também colocadas nos bolsos para lá ficarem 'Eternamente-esquecidas'?
Surge-me um pensamento, por vezes a nossa vida cruza na de outras pessoas e os caminhos traçados lado a lado são também esquecidos, ignorados, como um assunto proibido.
É uma estranha sensação ter de agir estranhamente a algo que nunca nos foi, de todo, estranho.
Começa a cair uma chuva miudinha e aproveito a refrescar os pensamentos e a moderar a velocidade dos mesmos.
Hoje foi um longo dia, de bastantes reflexões, questões, encontros, desencontros.
Toda a semana se assemelhou a uma gigante montanha-russa de emoções.
Faço um balanço do meu percurso de vida, pode-lo-ia fazer quando a experiência de vida se verificasse bem marcada no meu rosto, mas aí talvez fosse tarde e bem tarde para corrigir erros, pedir perdão...
Peço perdão a mim mesma por desperdiçar momentos, pela irracionalidade perante algumas situções e o extremo racional noutras.
Sinto-me fraca, um ser fraco, uma má filha, má amiga, má ouvinte. Tenho dedicado imenso tempo a mim e aos meus incosntantes estados d'alma.
A vida foi criando em mim um ser que sugou todo o sentimento, me absorveu toda a beleza que outrora existira em mim. Nego-me, volto-me a negar indefinidamente.
Sinto um aperto no peito, parece que vou explodir cá dentro, tenho uma enorme vontade de gritar, de chorar... Não o consigo evitar.
Terei sido tão injusta? Quantos foram aqueles que feri? Quantos afastei de mim? Quantos ignorei? Quantos inferiorizei?
Não estou só, mas não dou o meu melhor a todos aqueles que o dão por mim.
As lágrimas quase não me permitem ver, a chuva torna-se mais intensa. Eu mereço isto!
Volto para casa, limpo o rosto e vou em direcção ao meu quarto.
Olho-me ao espelho com vontade de destruir a imagem que reflecte, solto o cabelo e deito-me sobre a cama.
Deixo-me adormecer no meio de lágrimas e dor.
A esperança reside no amanhã.
A noite está fria, visto um casaco e saio para a rua sem que ninguém o note.
O silêncio faz-se ouvir por entre as casas ocupadas pelos corpos adormecidos. Apenas eu vagueio na noite.
Repentinamente avisto um vulto de longe e talvez por receio ou instinto, escondo-me no primeiro jardim que encontro.
É ridículo... De que me escondo se o vulto nem veio nesta direcção? De mim? Dos pensamentos que me têm pairado na mente, inquietando o meu descanso? E tu, de que foges? De mim? De viver? De sonhar? De sentir?
Volto na direcção que parti e desta vez refugio-me no meu jardim, de modo a sentir-me mais protegida.
Sento-me cruzo as pernas e tiro do bolso do casaco que havia vestido, um lápis, uma moeda de 0,05€,três rebuçados S.Bras uma chave e uma caixa de pastilhas elásticas vazia que acabo por destruir entretida com o pensar.
É curioso como se guardam sempre imensas coisas nos bolsos dos casacos e estas permanecem lá esquecidas. Serão as pessoas também colocadas nos bolsos para lá ficarem 'Eternamente-esquecidas'?
Surge-me um pensamento, por vezes a nossa vida cruza na de outras pessoas e os caminhos traçados lado a lado são também esquecidos, ignorados, como um assunto proibido.
É uma estranha sensação ter de agir estranhamente a algo que nunca nos foi, de todo, estranho.
Começa a cair uma chuva miudinha e aproveito a refrescar os pensamentos e a moderar a velocidade dos mesmos.
Hoje foi um longo dia, de bastantes reflexões, questões, encontros, desencontros.
Toda a semana se assemelhou a uma gigante montanha-russa de emoções.
Faço um balanço do meu percurso de vida, pode-lo-ia fazer quando a experiência de vida se verificasse bem marcada no meu rosto, mas aí talvez fosse tarde e bem tarde para corrigir erros, pedir perdão...
Peço perdão a mim mesma por desperdiçar momentos, pela irracionalidade perante algumas situções e o extremo racional noutras.
Sinto-me fraca, um ser fraco, uma má filha, má amiga, má ouvinte. Tenho dedicado imenso tempo a mim e aos meus incosntantes estados d'alma.
A vida foi criando em mim um ser que sugou todo o sentimento, me absorveu toda a beleza que outrora existira em mim. Nego-me, volto-me a negar indefinidamente.
Sinto um aperto no peito, parece que vou explodir cá dentro, tenho uma enorme vontade de gritar, de chorar... Não o consigo evitar.
Terei sido tão injusta? Quantos foram aqueles que feri? Quantos afastei de mim? Quantos ignorei? Quantos inferiorizei?
Não estou só, mas não dou o meu melhor a todos aqueles que o dão por mim.
As lágrimas quase não me permitem ver, a chuva torna-se mais intensa. Eu mereço isto!
Volto para casa, limpo o rosto e vou em direcção ao meu quarto.
Olho-me ao espelho com vontade de destruir a imagem que reflecte, solto o cabelo e deito-me sobre a cama.
Deixo-me adormecer no meio de lágrimas e dor.
A esperança reside no amanhã.